Uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos concluiu que apenas um em cada seis americanos sabem encontrar a Ucrânia em um mapa.
O estudo, realizado pelo instituto Survey Sampling International, ouviu 2.066 americanos entre os dias 28 e 31 de março para saber que tipo de ação os Estados Unidos devem tomar diante da crise política no país da Europa Oriental.
Como parte do estudo, os pesquisadores pediram aos entrevistados que apontassem a Ucrânia no mapa para investigar seu conhecimento sobre política externa.
“Nós queríamos saber onde os americanos acham que a Ucrânia fica e investigar se este conhecimento (ou a falta dele) está relacionada a suas visões de política externa”, afirmaram os autores da pesquisa, em um artigo publicado no jornal americano The Washington Post.
O levantamento mostrou que apenas um em cada seis dos entrevistados pôde apontar corretamente onde fica a Ucrânia. E concluiu que os que erraram foram os mesmos que defenderam que os Estados Unidos deveriam fazer uma intervenção militar no país.
“Os resultados são claros, porém desconcertantes”, afirmam os pesquisadores.
Ameaça russa
Ainda segundo os autores, os mais mal informados sobre a localização da Ucrânia também veem a Rússia como “uma grande ameaça para os interesses dos Estados Unidos” e defendem que o uso da força seria a melhor forma para garantir a segurança nacional do país.
Um mapa com pontinhos mostrou exatamente onde os americanos acham que a Ucrânia fica. Alguns apontaram que o país fica dentro do próprio Estados Unidos, enquanto outros arriscaram o Brasil, a África e até a Groenlândia.
A pesquisa indica que, no geral, os mais jovens acertaram mais do que os mais velhos: 27% dos entrevistados com 18 a 24 anos identificaram a Ucrânia corretamente no mapa, em comparação com 14% de mais de 65 anos. E os homens tiveram mais acertos do que as mulheres.
Mas é realmente importante que os americanos saibam identificar a Ucrânia no mapa?
Segundo os pesquisadores, sim. “Pesquisas anteriores mostraram que a informação ou a ausência dela pode influenciar a atitude dos americanos sobre o tipo de políticas que eles querem que o governo coloque em prática e a habilidade das elites de organizar suas prioridades”.